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Por Paixão

SUELI WITKOWSKY

Gastronomia que viajou cidades

CAMILA ALMEIDA

Nutrição: da gastronomia ao consultório próprio

GIULIA PEREIRA

Paixão que transformou hobby em negócio

TATIANA CIMERMAN

Incentivo familiar que despertou negócio

Paixão. Substantivo feminino que refere-se a emoção intensa, convincente, um entusiasmo sobre algo ou alguém. Esse sentimento foi o responsável por transformar Sueli Witkowsky, de 54 anos em uma pequena empreendedora. A paixão despertada pelo ato de cozinhar foi além do talento, da arte e da disposição para um hobbie que traz um retorno financeiro. A corretora de imóveis Sueli aprendeu a cozinhar desde cedo com a mãe e, por esse motivo, considera que a prática e o carinho pela gastronomia são hereditários. A história dela, assim como as mencionadas no outro capítulo, é cheia de reviravoltas e, em 2000, o seu marido e parceiro de trabalho teve um princípio de infarto após ser diagnosticado com depressão pelo excesso de trabalho na Imobiliária. O casal, portanto, decidiu se mudar para a pequena cidade de Prata, em Minas Gerais, local onde o marido nasceu. Lá optaram por abrir um comércio para ganharem dinheiro – já que não existia imobiliária na cidade, as vendas e aluguéis eram feitos no boca a boca, não sobrando espaço para o casal atuar no mercado. Dessa situação nasceu a Padaria Rio da Prata. 


O pouco movimento os incomodava. Trabalharam neste negócio por dois anos, das 4h às 22h diariamente. O marido se curou e então eles decidiram retornar para São Paulo. De volta à imobiliária e com a crise, Sueli decidiu retornar a cozinha e trabalhar com algo que lhe desse prazer. Os ensinamentos com a padaria foram fundamentais para ela aprender a lidar com o próprio comércio. A sua comida sempre foi elogiada e, assim, ela começou a vender esporadicamente bolos para festas. Deste pequeno comércio, Sueli conseguiu obter um panorama da demanda dos produtos. Sempre antenada sobre os canais de negócios alimentícios, reunindo dicas de empreendedoras que assiste na televisão e fazendo cursos de pequena duração pela internet, Sueli percebeu um aumento nas ofertas e pedidos por meio de redes sociais. O currículo da cozinheira também inclui cursos no Sebrae assim como a capacidade autodidata que ela se orgulha em exaltar. 


Com a valorização das marmitas nos últimos anos pelo custo benefício, surgiu, afinal, o Tudo de casa alimentos. Primeiramente como um teste, tanto em questão das receitas quanto embalagens, cardápios e público. Três anos após a iniciativa, as adaptações foram realizadas e somam um lucro mensal líquido que supera os 3 mil reais. Sueli continua tendo a ajuda do marido, que hoje faz algumas compras de supermercado e entrega os produtos. O filho e a nora também embarcaram nessa e ajudam na divulgação por meio das redes sociais Facebook e Instagram. Aos 54 anos, a cozinheira revela que acreditar em si foi a chave para a criação de uma empresa no mundo gastronômico. 

Sempre preocupada em ter uma alimentação saudável, Camila Almeida começou a produzir marmitas fitness para serem vendidas a preços justos. Depois de pesquisar sobre a área, percebeu que os serviços os quais já faziam marmitas cobravam um preço muito alto para pouquíssimas quantidades. No começo, a estudante de nutrição, apaixonada pela cozinha, gastava quase seus domingos inteiros cozinhando a própria comida para a semana. Comer bem e produtos saudáveis não era tão fácil e prático assim, demandava tempo e dedicação. E se cozinhar sua própria comida para a semana era apenas uma tarefa de Camila, a nutricionista transformou sua produção em negócio: “Tenho que cozinhar com avental, material descartável, toca, uma luva. Tenho que esterilizar minha cozinha, ter um freezer melhor”. Todo esse cuidado somado ao seu conhecimento na gastronomia e na nutrição foram os diferenciais de Camila que a inspiraram a começar o pequeno negócio: Marmitas Fit No Pain No Shape. 


Hoje em dia, ela produz de 200 a 240 marmitas por mês, criou 21 cardápios salgados diferentes voltados para emagrecimento, para quem quer se reeducar na alimentação, ou para quem está em busca de ganho de massa magra, e também faz alguns doces como chocotones e panetones fits no Natal, ovos de páscoa proteicos com recheios sem açúcares. Seu negócio tem tido muito sucesso com as vendas nos últimos dois anos. Os clientes são amigos, parentes, conhecidos que, aos poucos, foram se tornando “fiéis”, e através da colaboração com comentários, a empresária foi adquirindo cada vez mais confiança e vendas. Tanto a dosagem do tempero quanto o gostinho caseiro são os diferenciais de suas refeições em relação às produzidas por empresas maiores, constata. Camila acaba ajudando as pessoas a atingirem os seus objetivos, principalmente no verão, quando, segundo ela, as pessoas ficam desesperadas para emagrecer. No inverno, o cardápio se altera um pouco e a saída de sopas aumenta, como a de legumes ou de mandioquinha. A estratégia de divulgação das Marmitas Fit No Pain No Shape utilizada pela jovem é feita através das redes sociais oficiais da marca, como Instagram e Facebook.


Camila tem um outro sonho para alimentar: oferecer o pacote completo às suas clientes. Sua ideia é abrir o seu próprio consultório nutricional onde direcione as suas clientes quanto a alimentação e também possa vender as suas próprias marmitas de acordo com as dietas determinadas. Assim, a estudante de nutrição garantirá a qualidade do produto e facilitará a vida de suas pacientes. Porém, o projeto futuro não finaliza nesta junção, mas expande-se para que no local também haja profissionais de Educação Física que orientarão os treinos de acordo com as demandas de cada cliente, seguindo o que eles gostam de fazer. Por fim, a clínica, na teoria, também oferecerá um atendimento estético, como massagem e drenagem, para acompanhar os demais tratamentos. Para que o negócio possa crescer rumo ao seu sonho, Camila sabe que precisa correr e não ficar parada.

“Alegria compartilhada é alegria dobrada”. É assim que Giulia Pereira, de 19 anos, resume sua motivação por cozinhar. A estudante de nutrição retrata que sempre amou o mundo da gastronomia e da confeitaria, e que se sente tão feliz em cozinhar, que quis começar a compartilhar isso com o resto do mundo. Para Giulia, cozinhar não é simplesmente um hobby ou forma de complementar sua renda. Claro que esses dois fatores estão presentes no dia a dia; o negócio de Giulia, Cake & Bake, têm crescido cada vez mais. Ela produz bolos e doces, que envolvem tortas, brigadeiros e bombons. A jovem consegue lucrar, apesar da quantidade de encomendas variar de mês a mês. Porém, o que vale para ela é o amor pela produção desses quitutes. Desde os 9 anos, ela começou a tentar cozinhar, e absorvia tudo que via no restaurante de sua avó. Tornou-se autodidata, e hoje conta com a ajuda do pai, da mãe e da avó para tocar o negócio dos bolos e doces.


Apesar de ser um meio muito competitivo e presente no setor alimentício, a confeitaria foi a escolha de Giulia como área da culinária, principalmente pelos estímulos afetivos. Segundo ela, as comidas já trazem prazer, afeto e sentimentos bons. E os doces então, especificamente, são melhores ainda. “Bolos e doces me trazem memórias lindas, estão sempre ligados a momentos especiais, e acredito que para muitas pessoas também seja isso.”


Pensando na parte empreendedora, Giulia resolveu seguir uma identidade visual simples e direta. Para ela, havia uma grande preocupação em organizar e filtrar a divulgação dos seus produtos nas redes sociais, tais como Facebook e Instagram, e de consolidar a sua marca focando nos quitutes em si, e não em um branding mais pesado. Por isso, ela optou pela simplicidade, algo que chama de gestão do minimalismo. “Na minha identidade visual, eu quis passar o mesmo que passo por meio dos meus doces, ou seja, simplicidade. Menos é mais, literalmente - então o logo da minha marca é preto e branco. Não precisa ter muito para chamar a atenção. Hoje em dia, as pessoas se interessam mais por aquilo que é simples”. 


Só pelo pensamento ‘menos é mais’ é possível notar que o foco de Giulia é na qualidade dos doces: eles são feitos com ingredientes selecionados e procuram sempre manter o gostinho caseiro. Com objetivo de vendas para aniversários e casamentos, a nutricionista em formação tem clientela fiel, mas está sempre conquistando novos interessados nas doçuras. Os produtos mais pedidos são o brigadeiro gourmet e o bolo de leite ninho. 


Giulia entrega as encomendas com seu próprio carro, e também recebe os clientes em casa. Ela sonha em abrir uma loja física, para poder aumentar ainda mais o seu negócio. 

Tatiana Cimerman, a paulistana de 19 anos e advogada em formação, ama doces. Ela começou fazendo brigadeiros e outros quitutes, algo que sempre lhe deu prazer. Seus pais, perceptivos, lhe presentearam com um curso de brigadeiros gourmet, como forma de incentivar essa paixão. Após essa especialização, Tatiana resolveu testar a venda do que produzia. Com o sucesso dentro da família, ela expandiu o negócio e conseguiu clientes fixos e fiéis. As encomendas, assim como a maioria dos empreendedores no setor alimentício, ocorrem via rede social por meio do Facebook, Instagram e WhatsApp e as entregas são feitas de carro.

 
Há quase um ano com o negócio, Tatiana resolveu focar nos brigadeiros. Segundo ela, desde o começo eles faziam sucesso com os amigos e familiares, e por ser uma receita fácil, se tornou rapidamente um hobby. Ela não planejou minuciosamente o negócio, e reconhece que o mercado está cheio de pessoas que fazem o mesmo que ela. Porém, depois de perceber que poderia complementar sua renda fazendo algo que gosta - nas semanas anteriores à entrevista, Tati lucrou cerca de 2 mil reais - a paulista decidiu continuar com as encomendas.


Tatiana ainda não investiu na sua marca, mas essa parte do negócio já está no seu radar. A Brigadeiros By Tati é mais um exemplo dentro dos 6,7 milhões de novos pequenos empresários que surgiram entre 2009 e 2016 no Brasil, segundo o Sebrae. Elas gostam do que fazem, investem tempo, carinho e dinheiro, e conseguem como retorno um impulso nas suas rendas mensais assim como a gratidão e satisfação dos clientes. Fazer doces, brigadeiros, bolos e outros quitutes, para essas quatro jovens paulistanas, é uma paixão que se tornou comércio. 

DÉBORA TEREK

A receita rebelde da criatividade

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